sábado, 13 de agosto de 2011

o amor é como um arroto

cuspi-o aos bocados.
procurei o vómito que te prendia dentro de mim. 
foste teimoso. 
e eu nunca gostei de vomitar. 

terça-feira, 19 de abril de 2011


a unica ajuda que era bem vinda da tua parte, era desapareceres por breves instantes. até eu sentir que sou capaz sem ti, que não me trazes nada de bom, sem ser esta saudade inocente que imponho a mim propria. 

quarta-feira, 23 de março de 2011

Sentou-se junto à lareira com o cesto de verga onde guardava aquela história de há anos para cá.
Retirou a primeira fotografia, marcada no inverso com uma nota: A primeira de muitas.
Lá estavam aqueles olhos enormes de quem tinha o mundo na mão, de quem não precisava de mais nada, apenas daquele outro olhar.
Chorou.
Retirou outra fotografia e depois mais outra.
Chorou.
Bebeu o copo de vinho aguado pelas lágrimas que escorreram para dentro dele.
Pegou numa das muitas fotografias que estavam já espalhadas à sua volta e escolheu uma, dizia no verso: Eu estarei lá quando tu tiveres que olhar para trás.
Ele mentiu-lhe.
Ela acreditou mas nunca olhou para não se magoar.


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

all that sensations

geralmente observo em mim uma inquietação constante e uma necessidade de escoar cá para fora tudo o que corre cá dentro. mas ultimamente não, observo em mim uma ansiedade que me deixa feliz, que me torna irrequieta, que me atormenta de noite e de dia mas como um bom tormento, como se tudo o que corresse cá dentro agora tivesse um sitio certo para onde ir. O escoamento é orgânico mas desta vez são mais os nutrientes do que a cebola brava que me faz chorar.

sinto-me bem mas não quero pensar muito sobre isso, sabe melhor quando me perco e me deixo ir. muitas mãos me ajudam mas desta vez, a minha também tem força para se deixar ir.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

hard.candy

estranhas formas de perdoar.
estranhas formas de sentir. 

como é acordar e ver que o sonho já não mora dentro de nós? que o que ficou foi a recordação? 
a doce melancolia com o travo a café queimado.



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

toneladas

já não sei para onde vou, o que quero ser, como o ser.
já não acredito que consigo.
já não sei o porquê.
mas sei com quem quero ir. 
nós é que criamos o nosso mundo, mas eu não sou apenas a soma das minhas experiências, os outros influenciam-me e eu não consigo fugir disso. 
sinto-me constantemente presa dentro de um circulo, como um labirinto e em que tenho de trabalhar com o objectivo final de existir uma recompensa. mas o suor também tem o seu limite.
tudo tem o seu limite. 
e se eu não souber lidar com isto? 

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

eu não te odeio.
não posso é permitir que continuemos a jogar quando não passamos do primeiro nível faz 3 anos.
não me posso permitir a mim própria.