quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

o teatro e a moda à portuguesa


Estou a trabalhar sobre o meu projecto de Teatro e Multimédia no fundo como uma auto-ajuda. A maioria das vezes sinto-me antiquada no meu modo de encarar o teatro, mas confesso que me fascina todas as novidades que os novos autores e criados vão trazendo a pouco e pouco, dando-lhe o nome de contemporaneidade. Estive a ler na Sinais de cena, uma entrevista a um dos grupos de teatro que estou a trabalhar e que mais me inquieta, porque vão de encontro a toda a convenção que me é ensinada, sobre o método e a personagem. O acreditar que naquele momento e dentro daquela realidade eu não sou eu, mas sim a personagem que vos vou convencer e sem que vos deixe duvidas. O teatro Praga funciona ao contrário, embora tenham recebido o mesmo tipo de ensino que eu estou a receber, eles recusam as personagens e todas as convenções da repetição. E embora me encontre completamente perdida e sem saber por onde começar a estruturar este monte de ideias, li algo que me fez despertar e gostava de deixar aqui partilhada a ideia: "Mas os STAN têm também essa referência de um teatro clássico belga, porque Portugal e a Bélgica têm isso em comum: não têm um teatro baseado numa tradição muito pesada, como acontece em Espanha, Inglaterra e França, onde em qualquer altura do ano se  pode ir ver na Comédie Française. Nós não temos essa grande referência institucional, não temos um Royal Shakespeare Company, e os belgas também não, porque o nosso teatro sempre foi feito a partir de importação de modelos." Pedro Penin

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